Nossos Dias Insustentáveis – Earth Overshoot Day

Em oito meses, a Humanidade esgota o Orçamento da Terra para um Ano

20 de agosto é a Terra Overshoot Day 2013, marcando a data em que a humanidade esgotou o orçamento da natureza para o ano. Estamos operando no cheque especial. Para o resto do ano, vamos manter o nosso déficit ecológico, chamando-se estoques de recursos locais e acumulação de dióxido de carbono na atmosfera.

Assim como um extrato bancário faixas de renda contra os gastos, Global Footprint Network mede a demanda da humanidade e oferta de recursos naturais e serviços ecológicos. E os dados são preocupantes. Global Footprint Network estima que em aproximadamente oito meses, exigimos mais recursos renováveis ​​e mais C0² do que o planeta pode depurar durante um ano inteiro.

Em 1993, a Terra Overshoot Day, a data aproximada nosso consumo de recursos para um determinado ano, excedeu a capacidade do planeta de reposição no dia 21 de outubro. Em 2003, Overshoot Day foi em 22 de setembro. Dadas as tendências atuais de consumo, uma coisa é clara: Overshoot Day Terra chega alguns dias mais cedo a cada ano.

Overshoot Day Terra, é um conceito originalmente desenvolvido pela Global Footprint parceiro da Rede e do Reino Unido economia nova fundação , é o marcador anual de quando começamos a viver acima das nossas possibilidades em um determinado ano. Embora apenas uma estimativa aproximada de tempo, recursos e tendências, Earth Overshoot Day é o mais perto que a ciência pode ser para medir a diferença entre a nossa demanda por recursos e serviços ecológicos e quanto o planeta pode oferecer.

O custo do excesso Ecológico

Durante a maior parte da história, a humanidade tem utilizado os recursos da natureza para construir cidades e estradas, para fornecer alimentos e criação de produtos, e para absorver nosso dióxido de carbono a uma taxa que estava bem dentro do orçamento da Terra. Mas, em meados dos anos 1970, cruzamos um limiar crítico: Consumo humano começou a ultrapassar o que o planeta poderia se reproduzir.

De acordo com cálculos da Global Footprint Network, a nossa demanda por recursos ecológicos renováveis ​​e os serviços que eles fornecem é agora equivalente ao de mais de 1,5 Terras. Os dados mostra-nos no caminho certo para requerer os recursos de dois planetas bem antes de meados do século.

O fato de que estamos usando, ou “gastar” o nosso capital natural mais rápido do que ele pode repor é semelhante a ter gastos que excedam continuamente renda. Em termos planetários, os custos de nosso excesso ecológico estão se tornando mais evidente a cada dia. Mudança do clima resultado de gases do efeito estufa sendo emitidos mais rápido do que pode ser absorvido pelas florestas e oceanos, é o resultado mais óbvio e, possivelmente, pressionando. Mas há outros, encolhimento das florestas, perda de espécies, o colapso da pesca, os preços das commodities e os distúrbios civis, só para citar alguns. As crises ambientais e econômicas que estamos vivenciando são sintomas de uma catástrofe iminente. A humanidade está simplesmente usando mais do que o planeta pode oferecer.

Metodologia e Projeções

Em 2011, a Terra Overshoot Day veio poucas semanas depois do que ele fez em 2010. Isso significa que reduziu superação global? A resposta, infelizmente, é não.

Earth Overshoot Day é uma estimativa e não uma data exata. Não é possível determinar com precisão de 100% no dia em que estourar nosso orçamento ecológico. Ajustes da data em que entramos em superação são devido a cálculos revistos, e não avanços ecológicos por parte da humanidade. Com base em premissas atuais, os dados Global Footprint Network agora sugere que, desde 2001, o Dia da Terra Overshoot vem se movendo três dias antes de cada ano.

Como Pegada Rede Global metodologia muda, as projeções vão continuar a mudar. Mas cada modelo científico utilizado para dar conta da demanda de abastecimento humano e da natureza mostra uma tendência consistente: Estamos bem acima do orçamento, e que a dívida é de capitalização. É uma dívida ecológica, e os juros que estão pagando em que a montagem escassez de dívida de alimentos, erosão do solo e do acúmulo de CO ₂ na nossa atmosfera, vem com devastando custos humanos e monetária.

Global Footprint | Mapa Histórias

Para consultas da mídia, entre em contato Senior Communications Manager Scott Mattoon ou Communications Associate Haley Smith Kingsland .

Clique aqui para o release de 2013.

Clique aqui para saber mais sobre o Earth Overshoot Day, e como ele mudou ao longo do tempo.

Influência humana no clima é inquestionável, dizem cientistas

©afp.com / Justin Sullivan

aquecimento global
A responsabilidade humana no aquecimento global não pode ser questionada, segundo o rascunho do último relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês), que vazou para a imprensa esta terça-feira.

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Washington – A responsabilidade humana no aquecimento global não pode ser questionada, segundo o rascunho do último relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês), que vazou para a imprensa esta terça-feira.

“É muito provável que a influência humana no clima seja responsável por mais da metade do aumento da temperatura da superfície terrestre entre 1951 e 2010”, destaca o IPCC no documento ao qual o jornal The New York Times teve acesso.

“Há um alto grau de confiabilidade para dizer que isto (a influência humana) provocou o aquecimento das águas oceânicas, o derretimento da neve e o gelo, e a cheia dos oceanos”, destacou o IPCC, para o qual o nível das águas poderia aumentar 90 centímetros em 2100.

“Os cientistas estão cada vez mais convencidos, como demonstra a evidência científica cada vez mais forte, de que somos os principais responsáveis, não só pelo aquecimento global, mas também por muitas consequências que já estamos vendo, como inundações maiores, incêndios florestais mais devastadores, derretimentos recorde dos gelos e ondas de calor mais frequentes e intensas”, disse à AFP o climatologista americano Michael Mann.

A linguagem adotada pelos especialistas do IPCC é mais forte do que o empregado no informe oficial da ONU, publicado em 2007.

O porta-voz do IPCC, Jonathan Lynn, afirmou em um comunicado que “o projeto de relatório provavelmente será modificado para levar em conta os comentários recebidos dos diferentes países nas últimas semanas”.

Ele acrescentou que, “antes de sua aprovação”, o relatório “será discutido por representantes governamentais e científicos durante uma reunião de quatro dias no final de setembro”.

“É prematuro tirar conclusões do projeto de relatório”, destacou.

Michael Mann, diretor do Centro de Ciências da Terra da Universidade da Pensilvânia, norte dos Estados Unidos, expressou a preocupação de que a versão final seja mais branda.

“Os cientistas que participam na elaboração do relatório do IPCC poderiam temer ser muito brutais sobre o futuro impacto do aquecimento global, desatando ataques de céticos das mudanças climáticas”, acrescentou.

“Acredito que estas pressões, junto com a resistência natural dos cientistas em chegar a conclusões taxativas demais, o relatório final do IPCC poderia minimizar o fator humano das mudanças climáticas”, advertiu o climatologista.

Mas Christopher Field, cientista do Instituto Carnegie para a Ciência, que participou da elaboração dos relatórios anteriores do IPCC, o painel considera todos os pontos de vista científicos plausíveis.

“Acho que o IPCC tem a tradição de ser muito conservador porque tem a ambição de ser exato”, disse ao The New York Times.

http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/2013/08/influencia-humana-no-clima-e-inquestionavel-dizem-cientistas.shtml?utm_source=redesabril_info&utm_medium=plus&utm_campaign=redesabril_info

Resíduos Urbanos

O Alto Valor dos Resíduos Orgânicos

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Compostagem, muitas vezes descrita como um modo natural de reciclagem realizada por uma comunidade de microrganismos (incluindo bactérias, fungos e actinomicetos, na presença de oxigênio), é o processo biológico de decomposição da matéria orgânica de nossos resíduos em um extremamente útil húmus.

Os actinomicetos são micro-organismos semelhantes aos fungos na sua forma de crescimento, mas se diferenciam na sua eficácia para a biodegradação da matéria orgânica. A natureza ativa destes microrganismos (microscópicas) e o grande número nas leiras de compostagem (cerca de 10 milhões deles por grama de solo), torná-los altamente eficaz em transformar resíduos ricos em celulose, hemicelulose, ligninas, etc. (como casca de árvore, papel e outros materiais orgânicos duro).

Hoje, o uso da compostagem para transformar resíduos orgânicos (sejam de origem industrial ou urbano) em um recurso valioso como o fertilizante orgânico está se expandindo rapidamente em muitos países, como alternativa aos aterros, onde o espaço para eles se torna cada vez mais escasso e caro, e onde as pessoas se tornam mais conscientes do impacto que eles (aterros) têm sobre o meio ambiente.

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Esta forma de valorização de resíduos esta se tornando comum nos países da União Europeia, China, Índia, Canada, Estados Unidos, entre outros, e em muito dos casos o próprio governo estimula esta forma de reciclagem da matéria orgânica, cientes dos muitos benefícios. Aqui no Brasil a PNRS – Politica Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010, menciona a Compostagem como uma alternativa de tratamento para os resíduos orgânicos, porem não existe uma política de estimulo da mesma, assim como dificuldades para poder licenciar novas unidades de compostagem, tornando o crescimento da atividade lento.

A pesar da falta de estímulos são muitos os municípios em todo o pais que em seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos indicam a compostagem como escolha para tratar seus resíduos orgânicos a través da promulgação de leis municipais para a implantação ou estimulo da atividade. Alguma dessas leis são:

  • Lei nº 2597 de 03 de janeiro de 1997 do Esteio – Câmara municipal;
  • Lei nº 1730 de 23 de fevereiro de 2000 de Canelinha – Câmara municipal;
  • Lei nº 897 de 18 de novembro de 1998 de Juquitiba – Câmara municipal;
  • Lei nº 3262 de 03 de outubro de 1997 do Passo Fundo – Câmara municipal;
  • Lei nº 3328 de 09 de novembro de 1990 de Pelotas – Câmara municipal;
  • Lei nº 2172 de 20 de abril de 1999 de Martinópolis – Câmara municipal;
  • Lei nº 9046 de 13 de dezembro de 2000 do Ribeirão Preto – Câmara municipal;
  • Lei nº 3039 de 22 de dezembro de 1994 de Criciúma – Câmara municipal;
  • Lei nº 3042 de 09 de maio de 1994 de Campo Grande – Câmara municipal;
  • Lei nº 3388 de 29 de Março de 2000 de Garça – Câmara municipal;
  • Lei nº 4246 de 14 de junho de 1996 de São Leopoldo – Câmara municipal;
  • Lei nº 6185 de 11 de janeiro de 2005 de Marilia – Câmara municipal;
  • Lei nº 1042 de 25 de setembro de 2006 de Manaus – Câmara municipal;
  • Lei nº 8227 de 01 de Março de 1993 de Juiz de Fora – Câmara municipal;
  • Lei nº 8357, de 29 de abril de 2002 de Belo Horizonte – Câmara municipal;
  • Lei nº 2760 de 10 de junho de 2003 de Caratinga – Câmara municipal;
  • Lei nº 1011 de 04 de junho de 2001 de Palmas – Câmara municipal;
  • Lei nº 3273 de 06 de setembro de 2001 do Rio de janeiro – Câmara municipal;
  • Lei nº 1080 de 09 de fevereiro de 2006 de Bituruna – Câmara municipal;
  • Lei nº 1407 de 13 de dezembro de 1995 de Canela – Câmara municipal;
  • Lei nº 4239 de 19 de abril de 2002 de Botucatu – Câmara municipal;
  • Lei nº 3622 de 28 de fevereiro de 2002 de Varginha – Câmara municipal;
  • Lei nº 2803 de 27 de agosto de 1996 de Varginha – Câmara municipal;
  • Lei nº 2675 de 28 de novembro de 1995 de Varginha – Câmara municipal;
  • Lei nº 336 de 29 de abril de 1999 de Pinhais – Câmara municipal;
  • Lei nº 2273 de 30 de novembro de 2006 de Ivoti – Câmara municipal;
  • Lei nº 4280 de 26 de junho de 1989 de Ponta Grossa – Câmara municipal;
  • Lei nº 1335 de 24 de setembro de 2004 de Juquitiba – Câmara municipal;
  • Lei nº 5216 de 23 de Março de 2006 de Pelotas – Câmara municipal;
  • Lei nº 2277 de 23 de maio de 2000 de Umuarama – Câmara municipal;
  • Lei nº 1529 de 24 de maio de 2000 de Orleans – Câmara municipal;
  • Lei nº 1668 de 25 de outubro de 1996 de Vacaria – Câmara municipal;
  • Lei nº 1750 de 06 de novembro de 2000 de Penha – Câmara municipal;
  • Lei nº 1702 de 29 de fevereiro de 2000 de Penha – Câmara municipal;
  • Lei nº 7353 de 25 de novembro de 1986 de Belém – Câmara municipal;
  • Lei nº 2828 de 26 de dezembro de 1990 de Cuiabá – Câmara municipal;
  • Lei nº 1868 de 17 de junho de 2003 de Capão da Canoa – Câmara municipal;
  • Lei nº 1589 de 18 de junho de 2001 de Capão da Canoa – Câmara municipal;
  • Lei nº 1448 de 07 de abril de 2000 de Capão da Canoa – Câmara municipal;
  • Lei nº 1408 de 26 de novembro de 2001 do Campo Mourão – Câmara municipal.

Em meu trabalho ao longo dos anos na área é gerenciando diversos projetos de desenvolvimento e implantação de usinas de compostagem para valorização de resíduos sólidos urbanos, industriais e lodos de estação de tratamento de esgoto, onde todos os resíduos são transformados em um fertilizante orgânico apto para ser aplicado no solo agrícola, florestal e para recuperação de áreas degradadas, conforme a necessidade e o tipo de composto produzido.

Marcos Alejandro Badra

http://marcosbadra.com/category/valorizacao-de-residuos/

O que são os BIOCOMBUSTÍVEIS?

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Biocombustíveis são derivados de biomassa renovável que podem substituir, parcial ou totalmente, combustíveis derivados de petróleo e gás natural em motores a combustão ou em outro tipo de geração de energia.

 

 

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Os dois principais biocombustíveis líquidos usados no Brasil são o etanol extraído de cana-de-açúcar e, em escala crescente, o biodiesel, que é produzido a partir de óleos vegetais ou de gorduras animais e adicionado ao diesel de petróleo em proporções variáveis.

 

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Cerca de 45% da energia e 18% dos combustíveis consumidos no Brasil já são renováveis. No resto do mundo, 86% da energia vêm de fontes energéticas não-renováveis. Pioneiro mundial no uso de biocombustíveis, o Brasil alcançou uma posição almejada por muitos países que buscam fontes renováveis de energia como alternativas estratégicas ao petróleo.

A evolução dos biocombustíveis no Brasil

A ANP e os biocombustíveis

 

logo ANP A Lei nº 11.097, publicada em 13 de janeiro de 2005, introduziu o biodiesel na matriz energética brasileira e ampliou a competência administrativa da ANP, que passou desde então a denominar-se Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e assumiu as atribuições de especificar e fiscalizar a qualidade dos biocombustíveis e garantir o abastecimento do mercado, em defesa do interesse dos consumidores. A Agência também executa as diretrizes do Conselho Nacional de Política Energética para os biocombustíveis.

A ANP tem as funções de estabelecer as normas regulatórias, autorizar e fiscalizar as atividades relacionadas à produção, transporte, transferência, armazenagem, estocagem, importação, exportação, distribuição, revenda e comercialização e avaliação de conformidade e certificação de biocombustíveis.

Menos impacto sobre o meio ambiente

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 Os biocombustíveis poluem menos por emitirem menos compostos do que os combustíveis fósseis no processo de combustão dos motores e também porque seu processo de produção tende a ser mais limpo.

 

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 A adoção do etanol é considerada um dos principais mecanismos de combate ao aquecimento global, pois reduz as emissões de gás carbônico (CO2). Parte do CO2 emitido pelos veículos movidos a etanol é reabsorvido pelas plantações de cana-de-açúcar. Isso faz com que as emissões do CO2 sejam parcialmente compensadas.

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 Na comparação com o diesel de petróleo, o biodiesel também tem significativas vantagens ambientais. Estudos do National Biodiesel Board (associação que representa a indústria de biodiesel nos Estados Unidos) demonstraram que a queima de biodiesel pode emitir em média 48% menos monóxido de carbono; 47% menos material particulado (que penetra nos pulmões); 67% menos hidrocarbonetos.

 

 

FUMAÇA ESCAPAMENTO

 Como esses percentuais variam de acordo com a quantidade de B100 adicionado ao diesel de petróleo, no B3 essas reduções ocorrem de modo proporcional.

 

 

DISPONÍVEL: http://www.anp.gov.br

INOVAÇÃO: Pesquisadores australianos imprimem células solares em tamanho de folha A3

Nova impressora de células fotovoltaicas tornou inovação possível. Células em A3 poderão gerar energia para painéis luminosos e pequenos equipamentos

O australiano Scott Watkins segura uma folha com as células solares impressas

Na Austrália, pesquisadores do VICOSC – Consórcio Vitoriano de Células Solares Orgânicas  — uma colaboração entre a Organização para CSIRO – Pesquisa Científica e Industrial da Austrália, a Universidade de Melbourne, a Universidade de Monash e parceiros industriais — desenvolveram células solares que podem ser impressas no tamanho de uma folha A3, com aproximadamente 30 centímetros de largura. Até então, a maior célula solar desenvolvida pela equipe do consórcio media 10 centímetros quadrados.

“Podemos fazer muitas coisas com células desse tamanho”, conta Scott Watkins, Cientista de Materiais da CSIRO. “Podemos usá-las para painéis luminosos e outros elementos interativos. Podemos até embuti-las em capas de laptop para servirem de energia extra.”

A novidade fo i possível graças a uma impressora que custou 200.000 dólares. O equipamento imprime jatos de uma tinta especial fotovoltaica diretamente em finas e flexíveis placas de aço ou plástico. “Estamos usando a mesma técnica que você usaria se quisesse estampar uma camiseta”, explica David Jones, pesquisador da Universidade de Melbourne e Coordenador de Projetos do VICOSC. A impressora tem capacidade para imprimir até 10 metros de material por minuto, o que resulta em aproximadamente uma célula a cada dois segundos.

Cada célula solar orgânica pode gerar de 10 a 50 watts por metro quadrado (50 watts é o suficiente para fornecer energia a um laptop). Segundo Jones, a nova tecnologia não deve competir com os mais tradicionais painéis solares feitos de silicone. “Os diferentes tipos de célula capturam luz de diferentes partes do espectro solar. Então, ao invés de competirem, essas duas tecnologias são complementares”, afirma.

Segundo os pesquisadores, o futuro da matriz energética mundial está em fontes ainda não tradicionais de energia. Em breve, os pesquisadores esperam poder utilizar as células impressas para revestir telhados e janelas de arranha-céus. “Imprimindo diretamente em materiais como aço, esperamos poder embutir as células em materiais usados em coberturas”, diz Jones.

Divulgação/Csiro

Tecnologia brasileira transforma gases poluentes em nanotecnologia

Os gases emitidos pela queima do bagaço de cana de açúcar, resíduos de milho, pneus velhos e garrafas PET agora podem ser usados na fabricação de nanotubos de carbono

Vanessa Daraya – Info.com – 18/06/2013

Os gases emitidos pela queima do bagaço de cana de açúcar, resíduos de milho, pneus velhos e garrafas PET podem ser usados na fabricação de nanotubos de carbono. O avanço que une as áreas desustentabilidade e nanotecnologia foi descoberto pelo físico brasileiro Joner Oliveira Alves.

Durante sua tese de doutorado, Joner fez testes em laboratório com os quatro tipos de resíduos. O processo de queima diminui a quantidade de gases poluentes emitidos na atmosfera do planeta e ainda cria nanotubos. O material que costuma ser exportado pelo país é usado como reforço em materiais poliméricos e cerâmicos e tem um vasto campo de potenciais aplicações, que vai desde dispositivos médicos, implantes e peças de eletrônicos.

Os nanotubos de carbono tem um diâmetro corresponde a nanômetros, ou seja, um bilionésimo de metro (10-9metros). Apesar do vasto campo de potenciais aplicações, ainda não existem empresas que produzem esses materiais em larga escala no Brasil. A indústria cosmética é uma das que mais tem investido nesse tipo de tecnologia. “Como os nanatubos são partículas muito pequenas, conseguem penetrar em camadas da pele que outras substâncias não alcançam”, afirma Joner em entrevista a INFO.

Na técnica desenvolvida por Joner, os resíduos são primeiro aproveitados para ageração de energia. A diferença é o aproveitamento dos gases resultantes da saída do processo. Primeiro, os resíduos são incinerados em um forno e o efluente da queima é filtrado, o que resulta apenas em gases. Em seguida, um catalisador quebra os hidrocarbonetos dos gases em carbono e hidrogênio. O carbono fica retido na forma de carbono sólido, como um pó de grafite, onde sob uma atmosfera controlada podem ser encontrados os nanotubos. Já o hidrogênio é lançado na atmosfera, mas é um gás limpo, que não polui.

O estudo de Joner mostra que os gases resultantes da queima do bagaço de cana apresentaram os melhores resultados ao gerar mais nanotubos e com mais pureza. A queima desses resíduos também pode reduzir em até 90% o volume dos detritos, o que evita a deposição em lixões. O bagaço de cana, por exemplo, é atualmente utilizado pela maioria das usinas sucroalcooleiras para a geração de energia capaz de suprir todo o processo de produção de cana e etanol.

A pesquisa não abre apenas possibilidade para a redução do valor dos nanomateriais, apresenta também um importante aspecto ligado à sustentabilidade. “A ideia é valorizar a cadeia de reciclagem energética porque o Brasil precisa de fontes de energia limpas, sem usar recursos naturais não renováveis, como o petróleo. E ainda é possível atingir outra cadeia, que é a indústria de nanotecnologia”.

“Sempre tentei ao máximo fazer pesquisas que possam sair do meio acadêmico. Esses resíduos já são queimados pra gerar energia, como o bagaço da cana e pneus”, diz Joner. Sobre a aplicação prática do projeto, Joner ressalta que esta poderia ser uma solução para baixar o preço dos nanotubos. Mas para isto seria primeiramente necessário adaptar locais onde a queima de resíduos já é feita para a geração de energia, como no caso das usinas de açúcar e etanol. “A ideia é levar essa tecnologia para onde os resíduos estão. Se não, a matéria-prima deixa de ser barata. Não é um processo fácil porque se misturam duas tecnologias opostas: a de nanotecnologia, uma química “fina”, sem contato com meio externo; e do outro lado o resíduo. O meio campo tem que ser muito bem trabalhado”, afirma Joner.

O estudo foi desenvolvido durante a tese de doutorado, que foi defendida em 2011. O trabalho foi feito na modalidade sanduíche: no Brasil, pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), com orientação do professor Dr. Jorge Alberto Soares Tenório, do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais. Nos Estados Unidos, a coorientação foi do professor Yiannis Angelo Levendis, da Northeastern University, em Boston.

A pesquisa fez tanto sucesso que já rendeu seis prêmios, sendo o último deles o Prêmio AEA (Associação de Engenharia Automotiva) de Meio ambiente. “O estudo também ganhou na categoria jovem pesquisador o Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia, que eu considero um dos principais porque é organizado pela UNESCO”, diz Joner. O pesquisador também destaca o Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade, conferido à melhor tese de doutorado na área de tratamento de resíduos”.

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/tecnologia-nacional-transformara-fumaca-tubos-carbono-744357.shtml

Mudanças Climáticas com Karen Suassuna

BANNER MEIO AMBIENTE 2

Para Karen Suassuna, analista de Programa de Conservação do WWF-Brasil, o debate sobre mudanças climáticas no país passa pelo enorme desafio de mudar a visão desenvolvimentista dos tomadores de decisão. Na entrevista abaixo, ela afirma que o assunto não pode ficar restrito à ministérios específicos ou negociadores internacionais.

poluicaoatmosferica01Qual é o desafio brasileiro na questão das mudanças climáticas?

O país possui grandes negociadores internacionais, apresenta posições interessantes no âmbito das discussões sobre a Convenção do Clima, mas enfrenta um desafio interno muito grande: a internalização do desenvolvimento sustentável é lenta no país. Esse é um dilema que precisa ser superado – e não está totalmente na mão desses negociadores.

O grau de complexidade da ação interna é muito grande. É necessário envolver o governo como um todo com a temática. A questão da alteração do clima não pode se concentrar apenas nas secretarias dos Ministérios do Meio Ambiente ou da Ciência e Tecnologia. É necessário que a temática ganhe uma atenção mais robusta.

Se a alteração do clima fosse efetivamente uma questão central no governo, por exemplo, o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) se chamaria Plano de Aceleração do Crescimento Sustentável. São iniciativas desse tipo que não se percebe nas grandes linhas de ação governamentais.

Ainda se fala em desenvolvimento econômico, apenas, nas mais altas esferas de governo. A gente percebe isso no discurso do presidente, inclusive, quando ele aponta os biocombustíveis como solução para o problema climático, mas não aponta a complexidade econômica envolvida nesse processo, para um país do tamanho do Brasil.

Por essas razões, a tarefa de lidar com as mudanças climáticas não deve ser só dos negociadores. É preciso que a discussão e a tomada de ação sejam muito mais estratégicas no Brasil, não ficando apenas restrita a poucas mentes.

DEGELO E EXTINCAOO Plano Nacional de Mudanças Climáticas é um bom exemplo de ação internacional e interna?

O Plano Nacional de Mudanças Climáticas foi apresentado à comunidade internacional, ainda que voluntária e informalmente, apontando para uma redução do desmatamento interno. E isso é importante. Mas agora espera-se que o governo brasileiro melhore o documento.

O plano, por exemplo, conta com pouquíssimas ações na área de adaptação e ainda não há idéia, na área governamental, de como essa discussão será desenvolvida.

É preciso começar a desenhar cenários também para as demais áreas econômicas do país, mostrar o perfil das emissões, estabelecer objetivos concretos até 2030 e implementar ações eficientes para que o Brasil seja, de fato, uma liderança internacional no processo.

Quais são os principais obstáculos para que isso aconteça?

O grande problema, como vimos há pouco, é o fato de que a visão de desenvolvimento brasileira ainda não incorporou a sustentabilidade. Temos presenciado, nos últimos anos, o fato de que a questão ambiental é considerada por muitos como um bloqueio ao crescimento do país.

O desafio, portanto, é transformar essa noção de desenvolvimento imediato e a qualquer custo em uma visão estratégica de desenvolvimento sustentável a médio e longo prazo. A perspectiva de sustentabilidade ambiental, econômica e social ainda não foi incorporada por alguns setores muito importantes, como a energia e o desenvolvimento social.

Em algumas áreas registra-se progresso, mas em outras há quase um vácuo criativo em relação ao assunto.

http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/content/karen-suassuna

Controversos investimentos em petróleo

Notícia – 15 – mai – 2013

Arrecadação recorde em Rodada de Licitação deixa claro quais são as escolhas energéticas para o Brasil

Mapa com os blocos licitados no Maranhão e no Piauí mostra a proximidade destes com Unidades de Conservação (©Greenpeace)

A 11ª Rodada de Licitação da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) que estava prevista para acontecer nos dias 14 e 15 de maio (terça-feira e quarta-feira, respectivamente) terminou antes do imaginado. Ontem mesmo foi anunciado o resultado de arrecadação recorde de R$2,8 bi. Muitos devem estar comemorando o investimento que entra no país, mas um olhar mais atento revela que não serão apenas bons frutos que renderão deste dinheiro.

Esta Rodada marcou o reinício das atividades de concessão de petróleo no país, paradas desde 2008, quando as descobertas do pré-sal foram anunciadas na Bacia de Santos e o governo suspendeu as licitações para rediscutir o regime de exploração.

Esse investimento bilionário foi utilizado, principalmente por grupos estrangeiros, para arrematar 143 blocos exploratórios em 11 bacias sedimentares no Brasil. A ANP estima que os blocos em terra e em mar, situados principalmente em território inexplorado no norte e nordeste do país, tem reservas estimadas em 9,1 bilhões de barris, pouco mais de 10% do que estima-se existir no pré-sal brasileiro, uma das maiores reservas mundiais.

A gigante petroleira britânica BP, responsável pelo maior acidente da história no Golfo do México, venceu junto com a Petrobras, Total e Petrogal, seus sócios, as licitações de oito blocos em águas profundas na costa brasileira, incluindo vários na bacia da Foz do Amazonas. A região é uma das mais frágeis e desconhecidas da nossa costa.

“Parece que o Brasil não aprendeu mesmo a lição de que a exploração de petróleo não é uma tarefa simples e segura”, afirma Renata Nitta, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. Ela ainda completa, “o país continua depositando suas esperanças econômicas no óleo negro que parece valer ser explorado a qualquer custo.”

Em outra regiões do país, a situação não foi muito melhor. A filial da norueguesa Statoil arrematou os seis blocos oferecidos na bacia marítima do Espírito Santo. A região é área de influência para proteção do banco de Abrolhos, região que abriga rica biodiversidade marítima e local de reprodução das baleias jubarte.

Dessa maneira a petroleira entra, junto com a Perenco, no clube das empresas que colocam os corais de Abrolhos e a área de reprodução de baleias do cone sul vulneráveis a acidentes e vazamentos. Em terra, a encrenca também é grande. Os blocos terrestres licitados nos estados do Piauí, Maranhão, Alagoas e Bahia estão sobrepostos a 76 assentamentos da reforma agrária.

“Este novo leilão pode levar o Brasil para mais uma aventura em alto mar, em regiões sensíveis do nosso litoral”, diz Renata. Para piorar, o governo decide permitir a exploração com tecnologia do passado, parte das plataformas foram construídas há 30 ou mais anos, aumentando a probabilidade de termos acidentes, ela continua.

Também seguimos sem um Plano Nacional de Contingência, instrumento que poderia nos ajudar a ter um maior controle do que acontece na exploração de petróleo, uma vez que o governo segue investindo em óleo e gás. Devido a todos esses problemas, o Greenpeace lançou o site Lataria, observatório que monitora as plataformas antigas da região do pré-sal e apresenta seus dados e histórico de acidentes.

“O risco de acidentes deveria incentivar uma mudança para uma matriz energética mais limpa. Os investimentos em petróleo poderiam, por exemplo, ir para energia eólica e solar”, conclui Renata.

http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Controversos-investimentos-em-petroleo/

A Shell desistiu dos planos de extrair petróleo nas águas geladas na costa do Alasca em 2013.

É uma ótima notícia! Mas isso é apenas o começo. Agora é o momento para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, abandonar completamente a ideia de perfurar no Ártico e proteger a região da exploração industrial, para sempre.

© US Coast Guard

A Shell teve que lidar com uma longa lista de erros e desastres em suas iniciativas para perfurar a região, dando todos os sinais de que nem mesmo uma das maiores petrolíferas do mundo terá sucesso na empreitada.

O Presidente Obama e sua administração permitiram a perfuração do Ártico. A Shell foi até o Alasca e tudo o que conseguiu foi provar que não é possível perfurar em segurança nos gélidos mares árticos. Esse é o momento para nos livrarmos do “vício” dos combustíveis fósseis e lidar de maneira decisiva com o aquecimento global. Isso começa hoje e depende da ação de Barack Obama.

Junte-se a nossa campanha para proteger o Ártico. Diga ao presidente Barack Obama que a perfuração do Ártico deve ser impedida para sempre.

http://www.greenpeace.org/brasil/obama/