O que são os BIOCOMBUSTÍVEIS?

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Biocombustíveis são derivados de biomassa renovável que podem substituir, parcial ou totalmente, combustíveis derivados de petróleo e gás natural em motores a combustão ou em outro tipo de geração de energia.

 

 

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Os dois principais biocombustíveis líquidos usados no Brasil são o etanol extraído de cana-de-açúcar e, em escala crescente, o biodiesel, que é produzido a partir de óleos vegetais ou de gorduras animais e adicionado ao diesel de petróleo em proporções variáveis.

 

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Cerca de 45% da energia e 18% dos combustíveis consumidos no Brasil já são renováveis. No resto do mundo, 86% da energia vêm de fontes energéticas não-renováveis. Pioneiro mundial no uso de biocombustíveis, o Brasil alcançou uma posição almejada por muitos países que buscam fontes renováveis de energia como alternativas estratégicas ao petróleo.

A evolução dos biocombustíveis no Brasil

A ANP e os biocombustíveis

 

logo ANP A Lei nº 11.097, publicada em 13 de janeiro de 2005, introduziu o biodiesel na matriz energética brasileira e ampliou a competência administrativa da ANP, que passou desde então a denominar-se Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e assumiu as atribuições de especificar e fiscalizar a qualidade dos biocombustíveis e garantir o abastecimento do mercado, em defesa do interesse dos consumidores. A Agência também executa as diretrizes do Conselho Nacional de Política Energética para os biocombustíveis.

A ANP tem as funções de estabelecer as normas regulatórias, autorizar e fiscalizar as atividades relacionadas à produção, transporte, transferência, armazenagem, estocagem, importação, exportação, distribuição, revenda e comercialização e avaliação de conformidade e certificação de biocombustíveis.

Menos impacto sobre o meio ambiente

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 Os biocombustíveis poluem menos por emitirem menos compostos do que os combustíveis fósseis no processo de combustão dos motores e também porque seu processo de produção tende a ser mais limpo.

 

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 A adoção do etanol é considerada um dos principais mecanismos de combate ao aquecimento global, pois reduz as emissões de gás carbônico (CO2). Parte do CO2 emitido pelos veículos movidos a etanol é reabsorvido pelas plantações de cana-de-açúcar. Isso faz com que as emissões do CO2 sejam parcialmente compensadas.

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 Na comparação com o diesel de petróleo, o biodiesel também tem significativas vantagens ambientais. Estudos do National Biodiesel Board (associação que representa a indústria de biodiesel nos Estados Unidos) demonstraram que a queima de biodiesel pode emitir em média 48% menos monóxido de carbono; 47% menos material particulado (que penetra nos pulmões); 67% menos hidrocarbonetos.

 

 

FUMAÇA ESCAPAMENTO

 Como esses percentuais variam de acordo com a quantidade de B100 adicionado ao diesel de petróleo, no B3 essas reduções ocorrem de modo proporcional.

 

 

DISPONÍVEL: http://www.anp.gov.br

INOVAÇÃO: Pesquisadores australianos imprimem células solares em tamanho de folha A3

Nova impressora de células fotovoltaicas tornou inovação possível. Células em A3 poderão gerar energia para painéis luminosos e pequenos equipamentos

O australiano Scott Watkins segura uma folha com as células solares impressas

Na Austrália, pesquisadores do VICOSC – Consórcio Vitoriano de Células Solares Orgânicas  — uma colaboração entre a Organização para CSIRO – Pesquisa Científica e Industrial da Austrália, a Universidade de Melbourne, a Universidade de Monash e parceiros industriais — desenvolveram células solares que podem ser impressas no tamanho de uma folha A3, com aproximadamente 30 centímetros de largura. Até então, a maior célula solar desenvolvida pela equipe do consórcio media 10 centímetros quadrados.

“Podemos fazer muitas coisas com células desse tamanho”, conta Scott Watkins, Cientista de Materiais da CSIRO. “Podemos usá-las para painéis luminosos e outros elementos interativos. Podemos até embuti-las em capas de laptop para servirem de energia extra.”

A novidade fo i possível graças a uma impressora que custou 200.000 dólares. O equipamento imprime jatos de uma tinta especial fotovoltaica diretamente em finas e flexíveis placas de aço ou plástico. “Estamos usando a mesma técnica que você usaria se quisesse estampar uma camiseta”, explica David Jones, pesquisador da Universidade de Melbourne e Coordenador de Projetos do VICOSC. A impressora tem capacidade para imprimir até 10 metros de material por minuto, o que resulta em aproximadamente uma célula a cada dois segundos.

Cada célula solar orgânica pode gerar de 10 a 50 watts por metro quadrado (50 watts é o suficiente para fornecer energia a um laptop). Segundo Jones, a nova tecnologia não deve competir com os mais tradicionais painéis solares feitos de silicone. “Os diferentes tipos de célula capturam luz de diferentes partes do espectro solar. Então, ao invés de competirem, essas duas tecnologias são complementares”, afirma.

Segundo os pesquisadores, o futuro da matriz energética mundial está em fontes ainda não tradicionais de energia. Em breve, os pesquisadores esperam poder utilizar as células impressas para revestir telhados e janelas de arranha-céus. “Imprimindo diretamente em materiais como aço, esperamos poder embutir as células em materiais usados em coberturas”, diz Jones.

Divulgação/Csiro

Tecnologia brasileira transforma gases poluentes em nanotecnologia

Os gases emitidos pela queima do bagaço de cana de açúcar, resíduos de milho, pneus velhos e garrafas PET agora podem ser usados na fabricação de nanotubos de carbono

Vanessa Daraya – Info.com – 18/06/2013

Os gases emitidos pela queima do bagaço de cana de açúcar, resíduos de milho, pneus velhos e garrafas PET podem ser usados na fabricação de nanotubos de carbono. O avanço que une as áreas desustentabilidade e nanotecnologia foi descoberto pelo físico brasileiro Joner Oliveira Alves.

Durante sua tese de doutorado, Joner fez testes em laboratório com os quatro tipos de resíduos. O processo de queima diminui a quantidade de gases poluentes emitidos na atmosfera do planeta e ainda cria nanotubos. O material que costuma ser exportado pelo país é usado como reforço em materiais poliméricos e cerâmicos e tem um vasto campo de potenciais aplicações, que vai desde dispositivos médicos, implantes e peças de eletrônicos.

Os nanotubos de carbono tem um diâmetro corresponde a nanômetros, ou seja, um bilionésimo de metro (10-9metros). Apesar do vasto campo de potenciais aplicações, ainda não existem empresas que produzem esses materiais em larga escala no Brasil. A indústria cosmética é uma das que mais tem investido nesse tipo de tecnologia. “Como os nanatubos são partículas muito pequenas, conseguem penetrar em camadas da pele que outras substâncias não alcançam”, afirma Joner em entrevista a INFO.

Na técnica desenvolvida por Joner, os resíduos são primeiro aproveitados para ageração de energia. A diferença é o aproveitamento dos gases resultantes da saída do processo. Primeiro, os resíduos são incinerados em um forno e o efluente da queima é filtrado, o que resulta apenas em gases. Em seguida, um catalisador quebra os hidrocarbonetos dos gases em carbono e hidrogênio. O carbono fica retido na forma de carbono sólido, como um pó de grafite, onde sob uma atmosfera controlada podem ser encontrados os nanotubos. Já o hidrogênio é lançado na atmosfera, mas é um gás limpo, que não polui.

O estudo de Joner mostra que os gases resultantes da queima do bagaço de cana apresentaram os melhores resultados ao gerar mais nanotubos e com mais pureza. A queima desses resíduos também pode reduzir em até 90% o volume dos detritos, o que evita a deposição em lixões. O bagaço de cana, por exemplo, é atualmente utilizado pela maioria das usinas sucroalcooleiras para a geração de energia capaz de suprir todo o processo de produção de cana e etanol.

A pesquisa não abre apenas possibilidade para a redução do valor dos nanomateriais, apresenta também um importante aspecto ligado à sustentabilidade. “A ideia é valorizar a cadeia de reciclagem energética porque o Brasil precisa de fontes de energia limpas, sem usar recursos naturais não renováveis, como o petróleo. E ainda é possível atingir outra cadeia, que é a indústria de nanotecnologia”.

“Sempre tentei ao máximo fazer pesquisas que possam sair do meio acadêmico. Esses resíduos já são queimados pra gerar energia, como o bagaço da cana e pneus”, diz Joner. Sobre a aplicação prática do projeto, Joner ressalta que esta poderia ser uma solução para baixar o preço dos nanotubos. Mas para isto seria primeiramente necessário adaptar locais onde a queima de resíduos já é feita para a geração de energia, como no caso das usinas de açúcar e etanol. “A ideia é levar essa tecnologia para onde os resíduos estão. Se não, a matéria-prima deixa de ser barata. Não é um processo fácil porque se misturam duas tecnologias opostas: a de nanotecnologia, uma química “fina”, sem contato com meio externo; e do outro lado o resíduo. O meio campo tem que ser muito bem trabalhado”, afirma Joner.

O estudo foi desenvolvido durante a tese de doutorado, que foi defendida em 2011. O trabalho foi feito na modalidade sanduíche: no Brasil, pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), com orientação do professor Dr. Jorge Alberto Soares Tenório, do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais. Nos Estados Unidos, a coorientação foi do professor Yiannis Angelo Levendis, da Northeastern University, em Boston.

A pesquisa fez tanto sucesso que já rendeu seis prêmios, sendo o último deles o Prêmio AEA (Associação de Engenharia Automotiva) de Meio ambiente. “O estudo também ganhou na categoria jovem pesquisador o Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia, que eu considero um dos principais porque é organizado pela UNESCO”, diz Joner. O pesquisador também destaca o Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade, conferido à melhor tese de doutorado na área de tratamento de resíduos”.

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/tecnologia-nacional-transformara-fumaca-tubos-carbono-744357.shtml